quinta-feira, 28 de maio de 2009

A diferença está no saco

Excerto de notícia publicada em noticiasmagazine24.Mai.2009
Texto de Tomás de Montemor

" A ideia de voltar a este tema recorrente veio depois de ver no You Tube as imagens de uma baleia a morrer nas praias da Austrália. O que me impressionou não foi tanto a visão de um animal daquela importância a agonizar num meio que não é o dele, mas o que veio a descobrir-se ser a causa da morte - um estômago cheio de sacos de plástico que, quando estendidos no solo, ocupavam uma área superior a seis metros quadrados. A pobre baleia, e como ela milhares de outras todos os anos, confunde os objectos flutuantes, translúcidos e amorfos com lulas, alforrecas ou outros animais que constituem o seu menu diário. O plástico, sendo resistente ao sistema digestivo do cetáceo, acumula-se até não haver espaço para mais nada. Outra causa de morte não menos vulgar e que também mata milhares de tartarugas é a asfixia que ocorre quando o plástico resolve passar pelas vias aéreas."

domingo, 24 de maio de 2009

Sistema digestivo - Factos e palavras


O tubo digestivo tem aproximadamente 9 metros de comprimento. O facto de os intestinos estarem enrolados permite que caibam no abdómen.

Os dentes são órgãos vivos, uma vez que possuem nervos e são percorridos por vasos sanguíneos. Os primeiros dentes - os dentes de leite - são substituídos gradualmente, a partir dos 6 anos, pela dentição definitiva, que só estará completa na idade adulta.

O suco gástrico contém ácido clorídrico, importante para a diminuição do pH do estômago, o que facilita a actuação das enzimas que actuam neste órgão. Para evitar que o ácido clorídrico danifique as paredes do estômago, o suco gástrico também contém um muco protector.

Enzima - palavra que provém do termo grego zyme que significa "fermento" e que foi proposta em 1878, pelo alemão Wihelm Kühne.

Duodeno - palavra derivada do termo latino duodenum que significa "de doze em doze". Tal nome deve-se ao facto de o duodeno medir cerca de doze dedos (atravessados) de comprimento.

Jejuno - palavra derivada do termo latino jejunu que significa "que está em jejum".

Íleo - palavra derivada do termo grego eileós que significa "enrolado".

O fígado pesa cerca de 1,6 Kg e realiza muitas funções importantes. Além de produzir bílis, o fígado armazena vitamina A, produz factores de coagulação e outras proteínas essenciais, armazena gorduras e glicose (sob a forma de glicogénio). O fígado desempenha ainda um papel importante na remoção e destruição de produtos nocivos resultantes do metabolismo e de toxinas que circulam no sangue, como o álcool e outras drogas. É neste órgão que se processa ainda a destruição dos glóbulos vermelhos não activos.

O pâncreas produz, para além do suco pancreático, hormonas como a insulina, que lança na corrente sanguínea.

O apêndice não desempenha qualquer função na digestão, julgando-se que se trata de um órgão vestigial. O apêndice pode sofrer infecções e aumentar perigosamente de volume (apendicite).
Fontes:
Ilustração de Fernando Butero, pintor colombiano.

domingo, 17 de maio de 2009

Como funciona o sistema respiratório?

(Clique sobre a imagem para uma visão ampliada)


A ventilação pulmonar, isto é, a entrada e saída do ar dos pulmões, realiza-se através dos movimentos respiratórios, em duas fases distintas:
  • a inspiração: entrada de ar nos pulmões;
  • a expiração: expulsã0 de ar dos pulmões.

Fazer um sismógrafo elementar

Material:
  • Caixa de cartão com cerca de 30 cm de aresta
  • Tesoura
  • Régua
  • Um rolo de papel de máquina registadora
  • Fio forte (por exemplo, fio norte)
  • Lápis
  • Copos de papel
  • Marcador preto
  • Pequenos fragmentos de rocha (1 copo)
  • Plasticina


Modo de proceder:

  1. Coloca a caixa com a abertura voltada para a frente.
  2. Abre um orifício com 4 cm de diâmetro no centro da face superior
  3. Faz duas fendas com as dimensões 1cm x 8cm.
  4. Corta 60 cm de papel de máquina registadora.
  5. Introduz a fita de papel através das fendas da caixa de tal modo que passem cerca de 4cm além da aresta da caixa.
  6. Corta 60 cm de fio.
  7. Usa a ponta do lápis para abrir dois buracos diametralmente opostos no copo logo abaixo da abertura.
  8. Introduz o fio por esses buracos.
  9. Passa as extremidades do fio através do orifício da parte superior da caixa.
  10. Amarra essas extremidades no lápis e deita-o sobre o orifício da caixa.
  11. Pressiona as extremidades do marcador através da base do copo até furar.Enche o copo com fragmentos de rocha.
  12. Enrola o fio à volta do lápis até que a ponta do marcador toque na fita de papel de máquina.
  13. Usa plasticina para fixares o lápis, evitando que o fio desenrole.
  14. Puxa o papel de máquina com uma mão e bate na caixa com a outra mão, umas vezes suavemente, outras de modo mais forte.
  15. Observa o traçado feito pelo marcador no papel.

Discute:


- O que pretendes simular com os batimentos na caixa de cartão?
- A que corresponde o traçado obtido no papel?
- O que é que impede o marcador de vibrar tanto como a caixa?
- Que parte da tua montagem pretende simular o pêndulo de um sismógrafo? E o cilindro?

In: SILVA, Amparo Dias et al; Planeta Vivo - Caderno de Actividades; Porto Editora; Porto; 2006

sexta-feira, 15 de maio de 2009

MORFOLOGIA DOS FUNDOS OCEÂNICOS

(Clique sobre a imagem para uma visão ampliada)
Se fosse retirada toda a água dos oceanos, ver-se-iam enormes cadeias de montanhas, vastas planícies e depressões profundas.



Dorsais – cadeias montanhosas submarinas. São formadas por materiais que ascendem através de uma depressão central – rifte.
Quando estas montanhas emergem formam ILHAS, como por exemplo o arquipélago dos AÇORES.
Planícies abissais – estendem-se de ambos os lados das dorsais e rematam nos bordos dos continentes, formando rampas – os taludes ou grandes abismos – as fossas.
Plataformas continentais – existem nos bordos do continentes e constituem terras submersas de pouca profundidade e onde se encontram a maioria das espécies marinhas .

quarta-feira, 13 de maio de 2009

CARTA EUROPEIA DA ÁGUA

1. Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.
2. Os recursos hídricos não são inesgotáveis. É necessário preservá-los, controlá-los e, se possível, aumentá-los.
3. Alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do Homem e dos outros seres vivos que dela dependem.
4. A qualidade da água deve ser mantida em níveis adaptados às utilizações previstas e, em especial, satisfazer as exigências da saúde pública.
5. Quando a água, após ser utilizada, volta ao meio natural, não deve comprometer as utilizações que dela sejam feitas posteriormente.
6. A manutenção de uma cobertura vegetal apropriada, de preferência florestal, é essencial para a conservação dos recursos hídricos.
7. Os recursos hídricos devem ser objecto de um inventário.
8. A eficiente gestão da água deve ser objecto de planos definidos pelas entidades competentes.
9. A salvaguarda da água implica um esforço importante de investigação científica, de formação técnica de especialistas e de informação pública.
10. A água é um património comum, cujo valor deve ser reconhecido por todos. Cada um tem o dever de a economizar e de a utilizar com cuidado.
11. A gestão dos recursos hídricos deve inserir-se no âmbito da bacia hidrográfica natural e não no das fronteiras administrativas e políticas.
12. A água não tem fronteiras. É um bem comum que impõem cooperação internacional.

Aprovada em 1968 pelo Conselho da Europa, a Carta Europeia da água defende que a "água é um património que é necessário proteger, tratar e, como tal, defender".

domingo, 10 de maio de 2009

Energia Nuclear


É um recurso não renovável uma vez que os elementos radioactivos da crosta terrestre podem também esgotar.
Este tipo de energia é mais barato e, por isso, é utilizado por muitos países industrializados que têm mais em conta a rentabilidade e o lucro e que dão menos importância à segurança. A discussão em torno da utilização desta energia é constante. No entanto, para alguns países, como Portugal, os riscos ambientais conhecidos, bem como a segurança, são para já mais importantes, pelo que não se utiliza esta forma de energia.
A energia libertada a partir de 1 grama de urânio é equivalente à combustão de 2,7 toneladas de carvão. As centrais nucleares convertem calor em energia eléctrica, através de processos complexos.
São libertadas grandes quantidades de energia, pelo que as reacções têm de ser controladas e, por isso, desencadeadas dentro de reactores. As substâncias que provêm do reactor têm de ser cuidadosamente retiradas, uma vez que são radioactivas. Estes resíduos são armazenadas em tanques de aço inoxidável que são enterrados ou lançados ao mar.
Vantagens das Centrais Nucleares
Os defensores desta forma de energia argumentam que:
- a energia nuclear não polui o ar;
- o aperfeiçoamento do reactores reduzirá o risco de acidentes;
- a quantidade das reservas em combustíveis fósseis é mantida.
Riscos das Centrais Nucleares:
- Embora as centrais nucleares não possam explodir como bombas, pois o urânio utilizado é diferente daquele que é utilizado nas bombas atómicas, o reactor pode aquecer demasiado e partir-se, libertando as substâncias radioactivas para o ambiente e, como tal, contaminando-o.
- As regras de segurança nestas centrais são muito rígidas, mas podem ocorrer fugas de radiação os reactores.
- Por vezes, a água que é utilizada para o arrefecimento dos reactores sai para o exterior contaminada em consequentemente, o ambiente é prejudicado.
- Ainda não se conhece a forma de destruir os resíduos, pelo que não se sabe muito bem que destino dar-lhes.
- O transporte de resíduos constitui também um problema, uma vez que podem ocorrer acidentes.
- O problema da energia não fica resolvido, pois o urânio é um recurso não renovável.

Energia Fóssil


Uma grande variedade de fontes de energia, sobretudo as que dizem respeito aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), faz parte dos recursos energéticos que dispomos.


Carvão - rocha sedimentar que resulta da decomposição, em ambientes sem oxigénio, de detritos vegetais que caíram em lagunas. O processo que leva à formação do carvão chama-se incarbonização.
Figura 1 - Carvão mineral

Petróleo - Fluido viscoso de origem orgânica, de cor negra, constituído, essencialmente, por carbono e hidrogénio. Grandes acumulações de matéria orgânica de restos vivos planctónicos deram origem a este hidrocarboneto.



Figura 2 - Plataforma petrolífera

Gás Natural - Encontra-se junto do petróleo, uma vez que o processo de formação de hidrocarbonetos líquidos (petróleo) produz, geralmente, hidrocarbonetos gasosos (gás natural)


Consequências da utilização de combustíveis fósseis

- Como não são recursos inesgotáveis, uma das principais preocupações está relacionada com o possível esgotamento das jazidas.

- Outro aspecto, não menos importante, está relacionado com o impacte ambiental, sobretudo no que diz respeito a fenómenos de poluição em várias vertentes.

- São de salientar os seguintes aspectos:

- As minas de carvão a céu aberto provocam profundas cicatrizes no solo;

- Os produtos da combustão de combustíveis fósseis contaminam o ar;
- Podem ocorrer alterações climáticas devido à quantidade de calor libertado para a atmosfera, resultante da utilização de combustíveis fósseis.


Fontes:
- MORAIS, Elisa da Conceição; PINTO, Helena Maria; Preparar os testes - 8º ano - Ciências Naturais; Areal Editores; 2004
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www.abae.pt
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http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL91217-5602,00.html



sexta-feira, 8 de maio de 2009

Actividade sísmica


A actividade sísmica, tal como a vulcânica, é uma prova de que a Terra é um planeta activo.

Sismos são movimentos bruscos da crosta terrestre, provocados pela ruptura e deslocação das rochas, sujeitas a tensões existentes no interior da Terra.
Abalo premonitório é um pequeno abalo que precede o sismo principal.
Réplica é um abalo de pequena intensidade (habitualmente), que se segue ao sismo principal.
Hipocentro é também chamado foco e á a região do interior da Terra onde se origina o sismo.
Epicentro é o ponto da superfície terrestre, situado na vertical e mais próximo do hipocentro.
Ondas sísmicas são manifestações de energia, que, propagando-se em todas as direcções, acabam por atingir a superfície terrestre.
Sismógrafos são aparelhos que registam, com precisão e nitidez, as ondas sísmicas.
Sismograma é o registo gráfico da propagação das ondas sísmicas.